quinta-feira, março 14, 2019

Love is the king of the beasts


"I dreamed it was a dream that you were gone
I woke up feeling so ripped by reality
Yeah, love is the king of the beasts
And when it gets hungry it must kill to eat
Yeah, love is the king of the beasts
A lion walking down city streets."

domingo, janeiro 25, 2015

Ficções da Realidade

A arte de amar não deveria subjugar-se a perguntas. Ou assim muitos dizem. Alguma coisa entre o acaso e um festim de hormonas melhor explicaria o sucedido.
Há muito tempo ouvi falar de uma experiência em que um homem e uma mulher heterossexuais foram induzidos a apaixonarem-se em laboratório.  A situação consistia em que fizessem perguntas um ao outro, as quais, de acordo com o protocolo, fomentariam a intimidade. Além disso, era-lhes pedido que se olhassem fixamente e em silêncio durante alguns minutos. Passados 6 meses estavam casados.
Embora não tenha feito um follow-up da história para saber se tinha o tão almejado final feliz, recordo-me que na altura, e no rescaldo de um coração partido, achei que havia esperança. Afinal podia apaixonar-me por quem quisesse. O último reduto da felicidade.
Confesso, sem vergonha de falar pela jovem dessa altura, que tentei replicar a experiência.  Era um colega de faculdade: giro, inteligente, interessante e com aquele ar desajeitado que me provoca insondáveis arrepios pelo corpo todo. Tentei a minha sorte naquele final de tarde. Segui parte do guião, com as perguntas chave que nos tornariam mais próximos, embora estivéssemos já à distância de um beijo. O que tínhamos em comum, o que gostava nele, bla bla bla. Depois lá chegou a parte do olhar silencioso. O verdadeiro terror não foi o que vi nele, mas o que ele podia ver em mim, como se me invadisse até ao fundo da minha alma. Beijamo-nos mais para abandonar aquele momento do que outra coisa. Apaixonamo-nos também . Não pelas perguntas que lhe fiz, mas porque o escolhi para fazer essas mesmas questões. O amor não chegou. Eramos demasiado novos e ávidos para nos aplicar-nos nesta disciplina.

Quando me lembro deste episódio, fica a parte boa. Não podemos escolher quem amamos, mas podemos fazer esse amor durar. Podemos escolher cultivá-lo e fazê-lo crescer. Como um jardim: colhemos os frutos, cheiramos as flores, e regozijamo-nos com a paisagem, mas nunca sabemos que flora e fauna por lá andam. As ervas daninhas aparecem sem hora marcada e nem sempre conseguimos cultivar o que queremos. Em suma, dá muito trabalho.
Mas quando nos sentamos neste jardim maravilhoso, estamos dispostos a fazer as perguntas. Não as do Dr. Aron, mas as nossas próprias perguntas, aquelas que nos levam para sítios onde muitas vezes temos medo de ir. Que põem à prova a nossa narrativa e a que contamos aos outros.
Depois de as fazermos, sabemos que estamos preparados para que o outro olhe para nós. Queremos ir com ele aos sítios onde pensamos que não queríamos ir. As perguntas anteriormente suspeitas fazem-nos querer ficar vulneráveis. 

terça-feira, dezembro 02, 2014

Forelsket

Duas histórias assíncronas que se cruzam na luz ténue de fim de dia.

Ela ajeita nervosamente a cabelo. Sabe de antemão o peso que as cores de outono têm sobre si e não quer causar má impressão. Conhece também de sobejo o que espera encontrar naquela estação: um verão vermelho em forma de romã.

Ele passa disperso na roda-viva do dia. Acha que tudo se compõe quando o frio congelar a razão. Dança sozinho ao recordar-se dos tempos felizes que hão de vir. No olhar cabe a imensidão do horizonte e no gesto leva uma ternura que se revela na perfeição com que pousa a mochila na casa onde quer ficar.

Descobrem-se na livraria que cruza a esquina. Naquela onde os livros são vidas, e as vidas não passam de histórias por contar. Ao longe, palavras novas cruzam-se em continentes frios.  Golfadas de vento aproximam-nos num espaço etéreo. Tocam-se na frieza incólume de um icebergue e com uma destreza extemporânea sabem que querem ficar ali.


segunda-feira, novembro 10, 2014

Breakup songs

Encostada à soleira da porta, a sua decisão dependia do índice de pluviosidade.
Quando parou de chover, quis ficar em casa. O sol brilhava mais ali.


6. Scott Walker | If you go away


5.Porta dos fundos | Essa é pra você


4. The Beatles | You´re gonna lose that girl



3. Françoise Hardy | Comment te dire adieu?



2. The Magnetic Fields | All my little words



1. Jeff Buckley | Lover, you´ve should come over


quarta-feira, setembro 03, 2014

Férias 2014


Montenegro, Croatia and Serbia in 2 weeks



Podgorica

Podgorica

Budva
Budva

Budva

Budva
Dubrovnik
Dubrovnik
Dubrovnik

Dubrovnik

Kotor
Kotor
Kotor
Kotor
Kotor

Belgrade

Belgrade



segunda-feira, junho 30, 2014